quinta-feira, 30 de junho de 2011

São Pedro e São Paulo


Dois homens fundamentais na difusão da fé católica são celebradas conjuntamente, em 29 de junho em Roma, e no Brasil, quando o dia da festa cai durante a semana no domingo seguinte, para lembrar Pedro e Paulo, que a liturgia os reúne em uma só Solenidade.
Pedro é lembrado pelo deu testemunho corajoso diante da perseguição e Paulo, por seu empenho missionário em territórios da diáspora judaica, que se deu quando os romanos expulsaram os judeus da sua própria terra.
Celebramos no dia 29 de junho a solenidade desses dois grandes apóstolos, que são de suma importância para a Igreja primitiva. Por ser uma solenidade, é celebrada no domingo entre 28 de junho e 4 de julho, a não ser que coincida com um domingo.

Quando falamos de Pedro, nos lembramos da instituição de Cristo para que servisse aos irmãos à frente das Igrejas. Foi uma testemunha ocular da vida de Jesus, de sua morte e ressurreição.
Quando falamos de Paulo, nos lembramos da pregação, do carisma, da missão, da evangelização fundação de comunidades. Pregou o Evangelho, depois de sua conversão, que aconteceu quando estava a caminho de Damasco.
A profissão de fé de Pedro – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!” – equivale ao nome de Jesus – Emanuel = Deus conosco. Em outras palavras, Jesus é presença e ação de Deus entre nós, que se manifestam como busca e realização da justiça. Por isso, Jesus é o Messias esperado, o Filho de Deus, que quer liberdade e vida para todos.
Diante dessa confissão, Pedro recebe por parte de Jesus o maior elogio e, também, a maior responsabilidade. Dele vai nascer a Igreja, a comunidade de todos aqueles que reconhecem em Jesus o germe da nova humanidade.
Jesus indica Pedro como pastor de seu rebanho. Essa missão, hoje, é exercida pelo Papa, sucessor de Pedro na Igreja.
Pedro hoje é Bento XVI que precisamente no dia 29 de junho comemora os seus 60 anos de abençoado ministério sacerdotal. Eu mesmo tive a oportunidade de encontrar-me e de conversar com Bento XVI, antes como Cardeal e depois como Papa, e dele tenho as mais respeitosas lembranças pela sua delicadeza em ouvir, em saber dialogar e respeitar as pessoas. A Igreja está em boas mãos. Particularmente só tenho que agradecer ao Papa Bento XVI a carta autógrafa que recentemente me enviou, encorajando-me na minha missão episcopal, agora como Bispo da Igreja Católica, assim afirmou ele, e emérito da Arquidiocese de Juiz de Fora. Deus o abençoe e ilumine o Papa Bento XVI e desejamos-lhe profícuo ministério.
+ Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG)

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