A palavra
“partilha” tem uma dimensão de esperança, de realidade nova e de mundo novo.
Ela desafia o sistema de acúmulo que causa tantas consequências que ameaçam a
vida das pessoas. Onde acontece de verdade a partilha, não existe necessitados.
Apesar do espírito
de partilha e de fraternidade de muitas pessoas, a estrutura da sociedade
hodierna reflete sintoma de pessimismo, de fechamento e de concentração de
bens. Com isto, a esperança de um mundo mais fraterno e humano é, também, de
forma pessimista.
Mesmo assim,
devemos sonhar com um “novo tempo”. Isto faz parte do contexto da fé, assentado
nas promessas divinas de um mundo melhor, no saber partilhar os bens da
criação. Tudo que existe do Criador foi destinado para dar qualidade de vida para
todos.
As comunidades têm muitos
sonhos. Eles alimentam a esperança e os projetos de futuro. Já nos povos
antigos esta consciência estava muito evidente nas pessoas. É a expectativa e a
confiança na luta pela conquista de uma vida melhor e de fraternidade.