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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O desafio missionário hoje

O mês de outubro, como mês temático, tem duas vertentes. De um lado as Missões, que marcam as reflexões em nossas comunidades. É também o mês do Rosário, de antiga tradição, convidando-nos a uma vida de oração contemplativa. Estes dois temas se completam, pois necessitamos de uma densa vida espiritual e de orações para vivermos testemunhando Jesus Ressuscitado e anunciando-O às pessoas do nosso tempo. Somos essencialmente missionários. Fixemo-nos hoje no tema das missões.

A caminhada da Santa Igreja perpassa por várias correntes referenciais para levar aos fiéis a plena compreensão do Reino de Deus. Dentre as correntes que se adota no percurso da caminhada evangelizadora está a dimensão missionária.

Na caminhada histórica do Filho de Deus, a Igreja Católica apresenta o mês de outubro como o mês das Missões. Neste ano apresenta-se com o tema “Missão na Ecologia”, que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam como a Campanha Missionária 2011. A temática, como nos anos precedentes, está diretamente ligada ao tema da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que este ano é “Fraternidade e a Vida no Planeta”. Sempre foi consenso que os vários temas durante o ano poderiam ser ligados ou inspirados no tema da Campanha da Fraternidade. Nesse sentido, a Semana Nacional da Vida, começando no início de outubro e culminando com o Dia do Nascituro, nos recorda que toda a nossa reflexão ecológica não teria sentido sem a preservação e o respeito à vida humana.

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domingo, 25 de setembro de 2011

Os pecadores nos precederão no Reino dos Céus

Às vezes pensamos que a bondade, a misericórdia e o amor de Deus são razões que justificam qualquer coisa que façamos. Se Deus é assim, dizemos, então, tanto faz nos comportarmos bem ou mal, tanto faz trabalharmos na vinha ou abandoná-la. Se pensamos deste modo, é porque ainda não saímos de uma mentalidade ajustada à lei. Os que vivem sob a lei sentem-se impelidos a cumpri-la. A polícia e os juízes encarregam-se de cuidar para que todos a cumpram e de castigar aqueles que não o fizerem. Mas, quando o vigilante olha para o outro lado, então os que vivem sob a lei se sentem livres. Pensam que podem fazer o que quiserem. E, normalmente, dedicam-se a praticar o que é proibido. Não pensam muito naquilo que estão fazendo. O mais importante é o prazer de quebrar a norma e enganar a quem os vigia. Não se importam em saber se aquilo que fazem nesse momento é bom ou mau, ainda que, muitas vezes, isso seja prejudicial para eles mesmos.
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A verdadeira obediência

Muitas falam em obediência. A grande maioria, entretanto, não obedece ao chamado de Deus. Em Mt 21, 28-32, o pai dá a mesma ordem aos dois filhos.
A reação deles em relação à vontade do pai é diferente, tanto no que dizem como no que realizam. A recusa formal do primeiro não o impede de modificar sua atitude, reconsiderando a sua decisão, ao passo que o outro filho, apesar de ter dado sua decisão inicial, não cumpre o prometido.
Esta parábola nos chama a atenção para aquilo que se faz de concreto para realizar a vontade do Pai. Para a comunidade primitiva, a leitura desta parábola mostra um apelo de revisão quanto à sua maneira de se posicionar ante as exigências da vida concreta. Em todos os âmbitos da vida humana, são muitos os que dizem “sim”. Que lutam por alcançar uma posição ou estabelecer a própria vida, que prometem com seriedade e se dispõem a fazer algo na sociedade, mas são poucos os que abraçam a vida, assumindo para valer a missão correspondente a cada “sim”.
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pregar com a vida


Uma de nossas grandes dificuldades é a sinceridade em nos reconhecermos pecadores. Mesmo que a cada missa façamos o ato penitencial quando proclamamos, confessamos nossos pecados publicamente parece que nem sempre esse ato que fazemos com nossa voz corresponde ao nosso coração. Basta vez a dificuldade hoje, em participar do Sacramento da Penitência encontrando sempre justificativas para fugir desse momento de misericórdia. Sabemos também como nos justificamos em nossos pecados, procurando muitas vezes colocar um culpado em nosso lugar. Outras vezes queremos nos desculpar com justificativas para não assumir nossa responsabilidade de erro, de pecado.

Reconhecemos pouco o pecado e, em seguida, não sabemos pedir e dar perdão. A falta de experiência da misericórdia em nossas vidas nos faz também ser pouco misericordiosos para com os outros. Nós percebemos isso nos desejos de vingança (não de justiça), proclamados em alto e bom som por muitos comunicadores revoltados com os problemas da sociedade.
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dom Leonardo é nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília

O papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 21, o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília, transferindo-o da Prelazia de São Felix do Araguaia (MT). Segundo o comunicado do núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, a nomeação de dom Leonardo atende à solicitação feita ao papa pelo arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, de poder contar com a colaboração de um bispo auxiliar e em razão da eleição de dom Leonardo para Secretário Geral da CNBB no último mês de maio.
Dom Leonardo é catarinense de Forquilhinha onde nasceu no dia 6 de novembro de 1950. Franciscano da Ordem dos Frades Menores (OFM), fez a profissão religiosa em 20 de janeiro de 1973 e recebeu a ordenação presbiteral em 21 de janeiro de 1978. Foi nomeado bispo da prelazia de São Felix do Araguaia em 2 de fevereiro de 2005 e recebeu a ordenação episcopal no dia 16 de abril do mesmo ano, em Blumenau (SC), adotando como lema episcopal “Verbo feito carne”.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Instituto Teológico de Petrópolis realiza Congresso Internacional de Evangelização

De hoje a quinta-feira, 22, acontece o Congresso Internacional “Evangelização em Diálogo – novos cenários desde o paradigma ecológico”, em Petrópolis (RJ). O evento, promovido pelo Instituto Teológico Franciscano (ITF) de Petrópolis, tem o objetivo de analisar e compreender os novos cenários em que se dá a ação evangelizadora.
O Congresso é direcionado a professores e alunos, bem como a todos os que se interessam, e que, de um modo ou de outro, se sentem interpelados pelo tema. O evento acontece no contexto do 8º Encontro dos Professores e dos Diretores dos Centros de Estudos afiliados à Pontifícia Universidade Antonianum (PUA), de Roma, que este ano será realizado também no ITF.
“A evangelização constitui, para todos os efeitos, razão de ser da Igreja. Fiel à prática evangelizadora de Jesus, ela procura realizar sua vocação em diálogo. ‘Evangelizar em diálogo’ corresponde, em primeiro lugar, a um apelo que nos vem do próprio Jesus que, na relação com seus interlocutores, procurou dialogar sempre”, destacou um dos coordenadores do evento frei Sinivaldo Tavares, OFM.
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Trilhar o caminho do perdão



A vingança e a violência diante de alguns fatos têm sido uma tônica constante nas várias situações hodiernas. Estamos muitas vezes construindo uma sociedade sem misericórdia, sem perdão. É verdade que muitas pessoas estão se cansando de ver a impunidade, a corrupção, a maldade dominar as situações da sociedade. Necessitamos de um equilíbrio muito importante nestes tempos de crise. Ao lado da eficiente organização social, precisamos ver quais são os nossos sentimentos profundos com relação a essas situações. Existe a necessiade de um Estado organizado e eficiente e, ao mesmo tempo, de pessoas que tudo fazem com amor e não com ódio. Quais são as nossas atitudes mais profundas diante desses fatos? Agimos com rancor e ódio ou procurando “salvar”? É um tema muito interessante e importante.

É muito difícil perdoar? Pedro pediu a Jesus para esclarecer sobre quantas vezes devemos perdoar o irmão que pecou contra ele. Jesus responde que devemos perdoar setenta vezes sete, ou seja, sempre. Estamos aqui no coração da nossa fé diante desta passagem do Evangelho proposto para o XXIV domingo do Tempo Comum (Mt 18,21-35); somos chamados a confrontar o nosso crescimento na vida cristã. Jesus, com uma história simples, como uma parábola, nos faz perceber qual é a fonte do perdão e como somos chamados a viver nas nossas relações. Não somos a fonte de perdão. Às vezes achamos difícil perdoar porque estamos um pouco longe do Pai misericordioso, seja pelo nosso pouco tempo para a oração, pela nossa pouca participação na dupla mesa da Palavra e da Eucaristia aos domingos e, especialmente, pela esporádica ou simplista aproximação do sacramento da reconciliação. Se hoje podemos compreender a beleza do perdão, vamos redescobrir também a beleza da confissão, da confissão auricular, ou popularmente chamada de confissão individual. (A confissão comunitária é uma excessão, sempre com a expressa autorização do Bispo Diocesano).
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sábado, 3 de setembro de 2011

A Bíblia, Maria e os Jovens

Ao iniciarmos o mês da Bíblia deste ano, quando somos chamados a contemplar a experiência do deserto do povo de Deus que caminhou da escravidão para a terra prometida, a Arquidiocese do Rio de Janeiro recebe a imagem peregrina da Virgem de Nazaré. Portanto, iniciaremos o mês da Bíblia com aquela que colocou em prática a Palavra de Deus em sua vida (“Faça-se em mim...”). Maria é o grande sinal que temos de alguém que acreditou no Senhor e deixou-se conduzir pela Sua vontade.  Como consequência gerou, para nossa salvação, Cristo, o Senhor.

Colocamos em suas mãos o pedido ao Senhor para que possamos viver intensamente a Palavra de Deus em nossa história. Pedimos também a Ela que interceda pelos jovens que estarão participando da Jornada Mundial da Juventude em 2013 em nossa cidade, e por todos os que começam a preparar o país, transportando a Cruz e o ícone mariano pelas cidades do Brasil.

O que traz tantas pessoas para essas comemorações e celebrações? Mesmo com a mudança de época e com a tendência laicista da sociedade ocidental, o apelo à fé é de tal forma abrangente que leva a pessoa a participar com todo o seu ser das manifestações que explicitam suas convicções e sua alegria. São momentos que só quem participa é que pode experimentar o entusiasmo que nos move.
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

23º Domingo do Tempo Comum

Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa sentença; tratai o vosso segundo a vossa misericórdia”(cf. Sl. 118,137.124).
Refletimos na liturgia de hoje a “Igreja, comunidade de salvação”. O profeta é o homem que enxerga por cima dos telhados, que tem uma visão de conjunto da realidade eclesial, é aquele que faz uma análise das coisas certas e das coisas erradas, anunciando a vontade de Deus, o hoje da salvação. O profeta enxerga o lado interior das coisas, principalmente as coisas surpresas e as maldades dos corações. O profeta é uma sentinela, que deve dar o alerta se enxergar algo suspeito no comportamento dos fiéis e na caminhada da comunidade. É o profeta que faz com que a comunidade volte para o caminho da verdade, da salvação e da fraternidade. A primeira leitura tirada do livro de Ezequiel(33, 7-9) nos adverte que como cristãos, temos todos responsabilidades uns para com os outros. Somos sentinelas da fidelidade para com Deus e para com o próximo.  Os profetas eram sentinelas em Israel; deviam dar alerta, e o fizeram. Mas o povo não prestou atenção. Veio a catástrofe – exílio. Sobra um pequeno resto. Ainda assim precisa de sentinela, de alguém que lhe avise para mudar seu caminho. E aí da sentinela que não cumprir seu dever: ela é responsável pela perda do irmão.
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Igreja, Comunidade de Salvação - Correção Fraterna


Em Mateus 18, 15-20, podemos ressaltar duas frases de Jesus: “Se teu irmão pecar, vai corrigi-lo a sós.” E “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles.”
Isto é a Igreja que Jesus fundou e que Ele quer que continuemos. A Igreja é, ao mesmo tempo, santa e pecadora. Santa porque ela é divina na sua origem, foi instituída e desejada por Deus, por isso, professamos no Credo: Uma, Santa, Católica e Apostólica. É pecadora, porque é humana, isto é, formada por seres humanos, frágeis e limitados.
Na santidade de filhos de Deus, somos irmãos, responsáveis uns pelos outros, sobretudo quando o pecado está destruindo essa santidade. Daí a exigência da correção fraterna. Só em última instância o pecador deve ser excluído da comunidade.
O que e Correção Fraterna? Correção fraterna por quê? Não é cada um o único responsável por si mesmo? A Igreja é uma comunidade cujos membros estão comprometidos uns com os outros, quer queiram, quer não; por isso, o pecado, embora cometido individualmente, tem incidência comunitária. O pecado também tem dimensão social. “Corrigir”, mostrar o erro, “significa tornar claro, mostrar com provas convincentes e irrefutáveis o mal de quem errou. A finalidade da correção é evidentemente, levar a pessoa a se rever, embora não seja usada a palavra conversão. A recuperação do irmão é uma conquista e ao mesmo tempo uma aquisição, porque o tira das veredas do mal e o livra de uma eventual condenação. Não é um ato de autoridade, mas de amor, de caridade.
 

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